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Contos e Encontros Anormais

Contos e Encontros Anormais - Capítulo V


Uma fila enorme se formou em direção ao Bloco 3, seguindo até o estacionamento inferior da escola. Miranda Scarlet pedira autorização à direção para realizar tal feito, a fim de pedir explicações aos alunos que poderiam ter vivenciado os últimos acontecimentos. No começo da fila, que calhava na última sala do Bloco 3, quatro alunos eram chamados por vez, onde apresentavam histórias do que havia de fato ocorrido.

Após uma hora e meia de falatório e pequenos depoimentos, Matheus parou em frente a Miranda com cara de assustado. É o mesmo garoto que desceu as escadas correndo avisando sobre o corpo da professora Fernanda no laboratório de informática. 

-Qual seu nome e idade? - Disse Miranda.

-Matheus Villalobos Braz, 17 anos.

-Terceiro ano, Matheus?

-Segundo, fui reprovado no ano passado.

-O que tem a dizer sobre o que presenciou? Como achou o corpo da professora Fernanda no laboratório?

-Fui pegar um trabalho que havia deixado com ela num pen-drive e quando entrei na sala ela estava daquele jeito horrível. - Sua pele adquire um tom verde, o que mostra claramente que o nojo retorna à sua lembrança.

-A garota que estava com você também foi junto?

-Sim, a Jaqueline estava comigo na hora. Ela foi buscar a nota da última prova que fez, e fomos juntos. 

-Viram alguma coisa de errado no ambiente do laboratório? Algo que sugerisse briga ou invasão? - Pergunta a perita, examinando cada traço facial de Matheus.

-Bom, tirando o fato que estava muito gelado no laboratório, não vi nenhum sinal de briga, mesmo por que havia apenas cinco minutos passados do fim da aula. Tínhamos praticamente acabado de sair, não daria tempo de ter uma briga e ninguém perceber.

-Havia algo de anormal no corredor? Alguém correndo ou com cara suspeita?

-Não, estava tudo normal. Pelo menos não notei nada fora do comum.

-Muito bem, isso já basta. Assine essa lista aqui ao lado e está dispensado. Tente não falar do caso para não alardear boatos, se possível

Matheus assinou a lista e se retirou, e logo foi seguido pelos outros três alunos que também estavam na sala falando com outros ouvidores. Na próxima chamada da fila, mais quatro estudantes entraram na sala para prestar depoimento sobre o que havia ocorrido. Entre eles, estava Heitor.

-Nome e idade, por favor.

-Heitor Nicolau Olivare, 16 anos.

-Segundo ano?

-Sim senhora.

-O que você tem para relatar?

-Na verdade não muita coisa... eu estava no Bloco 2 quanto aquele casal desceu as escadas berrando sobre um corpo. Então, subi junto com outros alunos e vi o corpo da professora no laboratório. Foi horrível.

-Aposto que foi. Notou algo de estranho no laboratório, algo que pudesse sugerir alguma discussão com violência?

-Não, nada parecido. 

-Como estava o clima do laboratório?

-Como é? - Pergunta Heitor, sem compreender o sentido da pergunta.

-Sensação térmica. Qual era?

-Bom, agora que paro pra pensar lembro que estava extremamente frio. Um frio absurdo, pra falar a verdade.

-Tem certeza que vinha do laboratório? Não era alguma janela do corredor que estava bem aberta?

-Não, tenho certeza. Esse tipo de frio é típico do inverno, por isso achei estranho. Parecia que somente o ambiente do laboratório estava com uns graus a menos. 

-Algo mais a declarar?

-Vocês já pensaram em outras possibilidades? Algo fora do comum?

-O que está sugerindo, Heitor? Como assim fora do comum?

-Algo que não possa ser totalmente explicado. As janelas do bloco explodindo de uma vez, uma professora morta de forma animalesca e um frio absurdo num laboratório... isso é estranho.

-Lidamos apenas com fatos, e os fatos apontam que estamos no caminho certo com a investigação. Demoraremos a descobrir o que houve por aqui, mas descobriremos cedo ou tarde. Agora, se não tem mais nada a acrescentar, assine a lista e está dispensado.

Heitor pegou a caneta e assinou a já usada lista de depoimentos de Miranda. Se dirigindo para fora da sala, foi até a biblioteca da escola se juntar aos amigos para discutir sobre o ocorrido.

-O que você disse, Heitor? - Perguntou Karol.

-Apenas o que presenciei. Mas tem algo muito errado nessa história... O clima no laboratório estava absurdamente frio, praticamente insuportável.

-Ah sim, os ares-condicionados devem permanecer resfriando o laboratório por causa das máquinas... - Explicou Leonardo.

-Sim, é verdade. Acontece que antes da professora morrer, deixaram eles ligados por tempo demais e acabaram queimando. Os ares-condicionados não estavam funcionando na hora que a professora morreu!

-Então como a temperatura estava tão baixa? - Perguntou Nayara.

-Ainda não sei, mas tenho uma pista que me diz como descobrir!