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Contos e Encontros Anormais

Contos e Encontros Anormais - Capítulo I


O dia estava quente, porém as nuvens, como num pequeno milagre, impediam um pouco a passagem do sol. O trânsito da avenida estava mais congestionado que o normal. Se por um lado os carros ficavam parados, os alunos tinham tempo de atravessar. Enquanto isso, a passarela jazia praticamente deserta. Heitor subia a rua de acesso ao colégio, junto com mais outros tantos alunos para mais um fatídico dia que provavelmente seria idêntico aos outros já decorridos. Talvez a aula prática fosse adiada, novamente. 

Sentados na entrada da escola, os porteiros claramente vigiavam a entrada de alunos, atentos a qualquer problema ou anormalidade que poderia ser encontrada. Porém havia um barulho incômodo, algo estava estranho...

Após vencida a ladeira, deu-se a visão de um pequeno tumulto na entrada do Bloco 2, ao lado da biblioteca, onde um falatório sem fim entre os alunos estava instalado. Subindo o último lance de escadas, Heitor começou a ouvir a voz aguda da diretora da instituição, que tentava botar ordem na situação. 

-Silêncio, silêncio! Vão para suas salas, vamos chamar todos no Anfiteatro assim que a situação estiver esclarecida! Vão para suas salas agora!

Aos poucos, a multidão começou a se dispersar, cada grupo indo para um determinado bloco. Porém a curiosidade falou mais alto.

-Como isso foi acontecer? Por que temos seguranças na portaria se não podemos impedir uma invasão? - Dizia a diretora para um dos guardas do colégio.

-A senhora tem que entender que não foi uma invasão, é apenas uma suspeita! Ninguém entrou ou saiu, isso é certeza! Pode ter sido somente o vento, não temos pista de nada...

-Ah, sim? O vento abriu as janelas do corredor do segundo andar, arrombou a sala de informática e derrubou três computadores? Sinceramente, entre ter seguranças como vocês, é preferível não ter nenhum e investir o dinheiro em outra coisa! - Acendendo um cigarro, a diretora se afastou para fora do bloco, onde pôs-se a fumar impacientemente. 

Heitor havia se sentado num banco do bloco, onde continuou a ouvir a conversa entre a funcionária e o vigia. 

-O que você sugere que façamos? Mal temos condições de pintar um bloco inteiro ou fornecer um almoço mais completo para os alunos, quanto mais pedir três computadores novos. Afinal, o que havia de tão especial nesses computadores?

-Veja senhora, eu só cuido da segurança, não faço ideia do que...

-Você ACHA que cuida da segurança. 

-Pois veja que eu faço muito bem o meu trabalho, nunca tive nenhuma queixa e em todos estes anos trabalhando aqui é a primeira vez que isso acontece. A senhora sabe que eu to a disposição pra ajudar no que for, mas não tenho culpa de uma suposta invasão.

-Olha Oliver, eu confio em você mas entenda que eu to nervosa! O que os alunos vão pensar? Quer saber, volte ao trabalho! Tenho mais coisa pra fazer do que ficar numa discussão que não levará a nada.

O vigia desceu as escadas, enquanto a diretora terminava de fumar. Então, ela percebe que um dos alunos não havia ido embora como ordenado.

-Ei, eu não mandei ir pra aula?

-Sim, é que... estou esperando um colega para pegar um trabalho e...

-Vá esperar na sala. 

-Diretora, o que aconteceu por aqui? Cheguei e vi esse tumulto, aconteceu alguma coisa?

-Vamos chamar todo mundo no Anfiteatro logo após o intervalo, aí poderão saber de tudo. Vá pra sala, não to com cabeça pra lidar com isso agora.

O estacionamento esvaziara a essa altura, na medida do possível. Alguns poucos grupos ficaram conversando sobre o ocorrido, mas apenas boatos infundados circulavam. Assalto e assassinato eram os mais decorrentes, porém claramente nenhum obtinha crédito. Entrando pela outra porta do Bloco 2, Heitor viu boa parte de sua sala aglomerada em frente a sala de física, trocando informações sobre o que teria acontecido para tal tumulto. Chegando perto, Nayara logo indagou Heitor sobre o ocorrido.

-Heitor, viu o que aconteceu? Tá sabendo de algo? - Disse ela, na esperança que uma nova e mais precisa informação surgisse.

-Bom, até onde eu sei parece que houve uma invasão.

-Você tem certeza? - Perguntou Kaio.

-Ouvi a diretora falando com o vigia da portaria, parece que nenhum deles avistou nada de estranho. Mas a porta da sala de informática e três computadores foram derrubados, então com certeza alguém invadiu.

-Ué, não roubaram nada? Só derrubaram os computadores? - Exclamou Karol, indignada. - Que tipo de ladrão invade uma escola e não rouba nada? 

-O tipo folgado que não deve ter nada de ladrão...

-O que você quer dizer com isso Leonardo? - Karol olhava para o outro garoto com incredulidade, como se já soubesse o que sairia da boca dele.

-Tá na cara que foi algum aluno vagabundo!

-E como você tem tanta certeza? - Perguntou Nicolas.

-Vocês já viram o que tem nos computadores dos laboratórios de informática? Na próxima vez que forem lá, deem uma olhada. Destruir computadores é um bom método para se livrar de arquivos perigosos. 

-Bom galera, acho que saberemos o que aconteceu em breve... olha a polícia ali!

Na entrada do Bloco 2, cinco policiais militares, dois vigias e a diretora entravam e se dirigiam para a escada que dava acesso ao segundo piso do bloco. Porém, quando passavam em frente a sala do Grêmio, os vidros do local inteiro explodiram, como se pedras tivessem sido atacadas todas ao mesmo tempo sobre todos os vidros. A diretora foi lançada ao chão como se tivesse sido empurrada, enquanto os policiais sacavam as armas e os vigias socorriam a acidentada, que começava a sangrar através de cortes nas mãos e nos braços.