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A Rua da Desgraça e Outras Desventuras

A Rua da Desgraça e Outras Desventuras - Capítulo Final


Eu estava me adaptando muito bem com minha nova vida. Hoje será minha primeira caçada. Não fomos caçar imediatamente por que o tempo estava ruim e Julius não estava sentindo o cheiro de nenhum animal. Amanhã nós vamos caçar bem longe daqui, onde tem animais maiores e, como Julius disse, mais suculentos. Eu nunca provei sangue, e agora é dele que preciso para sobreviver.

***

Bom, está na hora! Ainda bem, pois não aguento mais de tanta fome! Ou melhor, sede!

-Rafa! Vamos logo! Quanto mais cedo formos mais animais a gente pega!

-Já estou indo!

Quando cheguei na sala, Julius estava no sofá assistindo um telejornal que passava, mas não estava muito interessado. Finalmente, ele desligou a TV e veio falar comigo.

-Bom dia! Bom, esta é sua primeira caçada, então você vai ter que beber muito mais sangue que nós! Tente pegar muitos animais, e de grande porte, certo?

-Pode deixar!

Saímos pela porta da cozinha. O dia estava bom, com um pouco de nuvens, mas nada que fosse muito ruim. Começamos a correr. Eu não acreditava na minha velocidade! As árvores passavam como sombras por mim! Eu estava muito rápido. Depois de correr uns minutos, paramos. Um cheiro delicioso veio em minhas narinas. Achamos uma presa. Parecia ser bem grande, então resolvemos atacar. Realmente, um grande alce estava bebendo água em um pequeno lago. Esperamos a hora certa, e quando ele se virou, atacamos! Cravei minhas pesas no pescoço dele e comecei a sugar. Nunca bebi coisa melhor. O sangue quente descia pela minha garganta, confortanto meu estômago que até agora estava desconfortável. Suguei o animal inteiro, claro, com a ajuda dos outros. Quando eu vi, o bicho estava seco. Muitos ossos apareciam debaixo da pele. Não gostei muito da cena, mas a fome ainda era grande. Corremos mais uma vez. Dessa vez, não achamos apenas um alce. Achamos quatro alces, e todos muito grandes. Eram os maiores alces que eu tinha visto.

-Ainda com fome, Rafa?

-Você nem sabe o quanto!

-Ótimo! Então, vamos atacar. Derrubem e paralisem um deles. Vamos levar ele como lanche. Os outros, suguem a vontade!

Atacamos. Um animal caiu gemendo, enquanto um outro tentava fugir. Eu o peguei pela perna e puxei, enquanto segurava o que eu havia apanhado. Assim que Rodrigo chegou, logo após abater o outro animal, pulou direto no pescoço do alce que eu havia pego pelas pernas. Depois foi minha vez. Cravei mais fundo os dentes no pescoço do meu. Esse era grande, tinha muito sangue. Suguei tudo que podia, até o animal secar completamente. Os outros limpavam a boca, e quando olhei para eles, Rodrigo peguntou:

-Então... gostou?

-Não... eu adorei! Eu fiz a escolha certa em ser vampiro! É muito bom... mas e esse aí? Vamos levar também?

-Julius... esta com fome ainda?

-Não... já passou... pode ficar com ele, Rafa.
-Valeu!

Mordi com força o pescoço do alce caído. O animal gritou, mas suguei até ele parar. Percebi que minha fome havia passado, mas ainda sim tinha muito sangue no corpo inerte do alce, então continuei sugando. Quando terminei, os outros me olhavam com cara alegre.

-O que foi? Sou recém-criado! Hahaha...

-Haha... sim, sim. Isso é normal.

Finalmente, voltamos para casa. Sentia meu abdômem estufado, cheio, e até um pouco pesado. Quando chegamos em casa, as meninas já haviam acordado, e estavam muito abatidas ainda pela morte do pai. Ana chorava e dizia:

-Eu juro que vou usar todos os meus poderes para acabar com quem fez aquilo com papai! Não vou descansar enquanto não conseguir minha vingança!

Ela chorava muito. Fungou várias vezes, antes de ir na cozinha pegar um copo de água.

-Cris, o que acha de irmos treinar? Temos que pensar em outras coisas! A morte do papai foi súbita, mas só podemos rezar e torcer para que nada mais aconteça. Vamos?

-Sim, você está certa. É melhor do que ficar aqui nos lamentando. Vamos!

Assim que elas saíram, me sentei no sofá. Troquei de canal e comecei a assistir. De repente, meu corpo começou a arder, eu comecei a tremer, e desmaiei. Só me lembro disso. Acordei algumas horas depois, com Felipe dizendo:

-Eu nunca vi coisa igual! Como ele conseguiu isso? Se livrar do que foi transformado? Não, é impossível.

-Mas Felipe, o menino está corado e com pulso como quando estava vivo! Ele não é mais vampiro!

-Sim, Esmeralda, eu percebi. Só não estou entendendo como... isso é muito estranho. Oh, ele acordou. Vou falar com ele. Oi Rafa. Tudo bem?

-Argh... tu-tudo... o que aconteceu? Eu não sou mais vampiro?

-Bem, eu acho que não. Você, não sei como, conseguiu reverter sua transformação. Agora você é humano de novo.

-Meu querido... você começou a tremer no sofá. Quando chegamos, você estava corado, com pulso e suando frio.

-Nossa! E agora?

-Bom, você pode voltar para as atividades normais. Se ainda quiser se juntar a um dos mundos que não precisem de transformação...

-Vou pensar nisso...

Os dois saíram do quarto e eu fiquei pensando. Será mesmo que foi bom ter vindo pra cá? Eu devia ter pensado melhor... claro, eu não sabia que isso poderia acontecer. É melhor eu ir embora! Bom, posso ser perturbado por alguém, ou até podem me matar... eu tenho que me juntar a um dos outros mundos! Ao que me parece, os elfos são os mais seguros... sem transformações, vivem com a natureza, fazem nascer e crescer plantas e árvores do nada... acho que será bem legal. Bom, eu vou descansar um pouco, depois como algo por que estou faminto e depois disso falo com Esmeralda. Por enquanto, é melhor eu descansar mais...

Finalmente! Um dia chuvoso! Embora eu goste muito de sol e calor, fazia tempo que um dia frio não dava o ar da graça! É melhor eu sair um pouco da cama. Estou suando frio, estou com fome e sede. Deve ser por isso que estou me sentindo mal. Enquanto abro a porta, penso em algo que nunca mais deveria pensar: a clínica onde nasci. A Dr. Dilma Ezequiel ainda me paga! Aquela bruxa nojenta! Nunca pensei que um ser humano seria capaz de fazer o que ela fez. Bom, é melhor parar de pensar nisso. Quando estou no meio do corredor em direção à escada, vejo Ana lá no final do corredor. De repente, ela vem correndo em minha direção.

-Rafa, preciso falar com você! Eu tive um sonho, onde seríamos atacados por um grupo de vampiros. Você já foi um deles e eu acho que você pode aju...

Subitamente,  ela começa a me olhar assustada, como se eu fosse uma assombração.

-Vo-você se tran-transformou d-de novo?

-Claro que não! - Enquanto falo, sinto algo tocar minha boca. Quando ponho a mão, sinto dois caninos crescido na minha boca. Não pode ser! Eu não me...

-Temos que falar com Felipe!

Ela pegou minha mão e praticamente me guiou pelo lugar. Senti uma força que não pude controlar. Minhas pernas aceleraram e eu praticamente voei, junto com a Ana. Quase a mato. Paramos bem em frente ao quarto de Felipe. Ele nos olhava com cara de assombro. Senti um frio na espinha e... desmaiei de novo.
Acordei alguns minutos depois, com uma dor de cabeça terrível. Felipe estava andando de um lado para outro, com o olhar pensativo. Demais até. Ana estava do lado me olhando assustada.

-Me diga Rafael.  O que você fez?

-Como assim? Eu não fiz nada!

-Você pediu para o Julius te morder de novo?

-Não! Eu não quero mais ser vampiro! Pelo menos não depois daquilo...

-Esta bem. Até.

Ele saiu do meu quarto, junto com Ana. Como me trouxeram para cá? Bom, algo eu fiz. Preciso saber o que!

Gregory estava no sofá, comendo alguma coisa. Nunca vi alguem comer tanto como eles... vou dar uma passada na cozinha e comer algo também... talvez se eu pegasse uma bolacha de água e sal seja melhor em vez de... Ei! O que é isso? Algo me pegou pelas costas! Quem... ele colocou algo no meu nariz... o cheiro é forte... acho que vou desmaiar...

***

-Rafael, Rafael... como é bom te ver novamente! Treze anos depois e você aqui, conversando comigo... até parece que foi ontem que eu vi você nascer...

-Doutora Dilma! O que quer comigo? Já não basta ter arruinado com minha vida?

-Cala a boca menino! Nunca levante a voz comigo! Deveria agradecer pelo que eu fiz por você!

-Por mim ou pela SUA ciência? E ainda se acha orgulhosa quando diz que está ajudando a humanidade! Diga logo o que quer comigo! Por que me trouxe aqui?

-Você é uma peça muito rara, Rafael. Acha que eu deixaria você por aí?

-Ótimo! Uma louca atrás de mim! Diga, sua bruxa: o que quer comigo?

-Não me chame de bruxa, moleque insolente! Você irá fazer parte da minha pequena coleção de super-dotados! Lembra o que aqueles seus amigos idiotas lhes disseram sobre os mundos? É tudo mentira! Bom, Skallaford e  Balammond foram grandes amigos meus... até que tiveram a maldita ideia de criar os mundos... mas eu consegui acabar com eles...

-Você os matou?

-Claro que não, idiota! Eles estão numa ilha, no meio do Oceanoo. De lá eles não vão sair jamais! Os que estão nas escolas são clones, também criados por mim. Estão fazendo um ótimo trabalho...

-E o que eu tenho a ver com isso, velha?

-Bom, você, junto com todos os mundos, irá para essa ilha. Depois, ela será bombardeada e todos vocês irão para o inferno, onde deveriam estar há muito tempo! Nunca mais vocês terão liberdade!

-Ha, ha! Nós vamos escapar antes que você pense que nós escapamos!

-Se eu fosse você, não pensaria assim... a ilha é bem grande, com capacidade para todos os mundos. A vinte metros abaixo da superfície dela, há uma placa natural de Diadamtitan, um metal extremamente forte, mais até que o próprio Diamante! A ilha possui a única jazida do mundo, obviamente. Ou seja, ninguém vai escapar pela terra, fora que a capacidade de criar plantas dos elfos irá perder muita força!

-Você é burra mesmo! Se não pudermos ir cavando, iremos pelo ar e...

-É aí que você se engana! O Diadamtitan alterou totalmente os arredores da ilha. Ele criou uma espécie de redoma em volta dela, de um gás invisível, totalmente dissolvido no ar. Nada consegue detectá-lo! Nem mesmo o nariz imundo daqueles cachorros ou dos vampirinhos! Caso algo passe por lá, uma substância que tem nesse gás penetra na pele do invasor e começa a dissolver o corpo dele! Seja indestrutível, como os vampiros, ou normal, como uma ave! E não pense que com um feiticinho vocês vão sair de lá! O Diadamtitan é muito eficiente! Ele barra naturalmente qualquer feitiço que possam usar! E a água em volta da ilha também tem o mesmo resultado da substância que está naquele gás! É impossível sair daquele lugar! Vocês vão ter 12 meses até as bombas serem jogadas, e todos morrerem!

-Ma-mas... não é possível! Como você vai nos levar até lá? Somos milhares!

-Eu tenho meus truques. Agora, levem este pirralho daqui! Tenho muito o que fazer!

Os seguranças me pegaram pelo braço e colocaram um pano no meu nariz. Desmaiei mais uma vez.

***

Que merda! Preciso avisar o pessoal imediatamente! A Dr. Dilma passou dos limites agora!

-Felipe! Onde você está?!

-Aqui, Rafa.O que quer.

Ele estava descendo as escadas, em direção a mim.

-O que você está fazendo no chão?

-Eu fui sequestrado pela Dr. Dilma! Ela me disse que nós vam...

-Calma lá! Quem é a Dr. Dilma?

-Ah, esqueci de dizer. Bom, ela é uma víbora! Há centenas de anos, ela era amiga de Skallaford e Balammond, mas quando eles criaram os mundos, ela não gostou e os traiu! Mandou eles para uma ilha e estão lá até hoje! O plano dela é mandar todos os mundos para lá e bombardear a ilha para que todos morram! Temos que fazer algo!

-Calma Rafa. Você tem certeza disso? Os mundos juntos são indestrutíveis, vamos escapar de lá antes que ela possa mandar uma bomba!

-Que bomba?

Os outros chegaram de repente e ouviram a conversa.

-Rafa, explique para eles.