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    Apenas um desenho...
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Fonte de Sangue

Fonte de Sangue - Capítulo Final



-Não pode ser! Eles... eles voltaram! Maldição! - Gritou Elizabeth.

Atrás de Bianca e Michelle, várias formas espectrais se projetavam e olhavam na direção da fonte.

-São fantasmas! Michelle, agora eu entendo tudo! Aquele fantasma no espelho, na janela... eles não estavam nos assombrando, estavam tentando nos proteger para que o que aconteceu com eles não aconteça com a gente!

-Sim, pirralha. É isso mesmo, mas não vai adiantar nada! Bento, mate a mulher!

Num gesto rápido, Bento pegou o facão e foi em direção ao pescoço da mulher, porém foi impedido pelo fantasma. A mesma forma assombrosa que apareceu no espelho, agora protegia a mulher. Desvincilhando-se das cordas, Liliane correu em direção das garotas. Antes que chegasse ao destino, Elizabeth desferiu um golpe no nariz da mulher, que caiu desfalecida.

-Não adianta! Todos morrerão!

-Elizabeth... - Disse uma voz desconhecida.

-Quem é?! Quem está aí?! Apareça!

-Elizabeth... - Repetiu-se o chamado.

-Apareça, insolente! Quem é você?!

-Minha filha...

-Não! Não pode ser!

-Elizabeth... perdoe-me pelo mau que causei. Eu e sua mãe nos arrependemos de ter te colocado num sanatório... nos perdoe minha filha.

-Não! Pare! O perdão não vai adiantar nada!

-Desculpe, nós somos os culpados. Nós não fizemos o suficiente para você. Adeus, Elizabeth... adeus.

A voz sumiu, e Elizabeth ficou olhando para o nada, estagnada. De repente, o vento parou de soprar como antes, furioso. A mata se acalmou, e então a assombração quebrou o silêncio.

-Eu... matei pessoas? Meu Deus, o que eu fiz?! Tudo é culpa daquele livro... aquele maldito livro! Chega... acabou.

Num gesto, Elizabeth pegou o livro e rasgou-o ao meio. O vento começou a soprar novamente, muito mais forte do que antes. Gritos se projetaram, as árvores começaram a balançar tanto que parecia que iam cair. Do livro, um espectro verde emanou, em direção ao céu. De repente, os fantasmas que brigavam contra Elizabeth e Bento foram sugados para o espectro, e subiram em direção ao céu. Quanto a Bento, ele ficou parado olhando para Elizabeth.

-Você... estragou tudo! - Disse Bento. Neste momento, seu couro grudou nos ossos, a pele secou, as unhas e cabelos caíram e o corpo apodreceu e caiu no chão. A alma de Bento subiu junto com as outras.

-Perdoem-me. Eu não tinha noção que isso acabaria assim... eu não deveria nem ter começado.

Do mesmo modo, o couro de Elizabeth aderiu aos ossos, a pele já seca terminou de se estragar, e o corpo desmontou em cinzas. A alma de Elizabeth? Não foi vista. Ela não tinha mais alma. O vento parou de soprar forte, as árvores pararam de balançar e tudo se acalmou. A fonte incrustada na pedra rachou ao meio, deixando o sangue de Vitor cair na terra, que ficou encharcada. Como era possível que o sangue fosse parar ali?

-Michelle, agora eu entendo tudo. Quando estávamos vindo para cá, notei uma espécie de esponja na mata.  Na hora não liguei, mas agora entendi... um feitiço fazia com que o sangue das vítimas fosse para essas esponjas, e então elas bombeavam para a fonte. Agora... acabou! Mas meu pai... - Disse Bianca, caindo de joelhos no chão.

Algum tempo depois...

-Senhor Cléber, garanto que este sítio é um dos melhores que tenho a venda! Os últimos donos, digo, a última dona, Liliane, não apresentou queixa alguma! O senhor não fará um mal negócio.

-Assim espero. Oh, quem é este?!

-Boa tarde, doutor. - Disse o homem.

-Ah, sim, este é o caseiro do sítio. - Disse o corretor de imóveis, olhando para o homem.

-Filho, há quanto tempo estas aqui?

-Muito, senhor, muito...

-Muito bem. Eu compro o sítio. Finalmente vou poder dar meus passeios noturnos em paz!

-Ah, se eu fosse o senhor não andaria por aqui de noite...

-Que conversa é essa? - Disse Cléber.

-Sabe como é, o terreno é húmido e o senhor pode escorregar.

-Querido, deixe ele em paz. O terreno daqui é bom, não se preocupe. - Disse uma voz feminina entrando na conversa. - Oh, muito prazer. Sou a copeira do sítio.

-Olá. Muito bem, onde assinamos os papéis? 

-Por aqui. - Disse o corretor, indo junto com Cléber para de baixo de uma pequena cabana.

-A propósito. - Disse Cléber se virando para Felipe, o corretor. - Qual o nome deles?

-O caseiro se chama Bento, e a copeira se chama Elizabeth. Senhor Cléber, bem-vindo ao sítio Condessa Amélia. 

Fim