• Edward Modrake
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    O Príncipe Duas Faces
    Edward Mordrake é um caso raro da medicina. Aristocrata do século XIX, nasceu com uma face atrás da cabeça. Dizia que ela lhe sussurrava coisas que só podiam vir do inferno... Leia Mais...
  • Pacto de Ódio
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    Anjos e Vampiros
    Anjos e vampiros não podem se amar. Mestiços não podem existir. Leia Mais...
  • Creepypasta
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    Portal da Mente
    Um grupo de cientistas se reúne para fazer o inimaginável: estabelecer contato direto com Deus. Entretanto, de uma maneira pouco ortodoxa. Leia Mais...
  • O Sanatório
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    O Sanatório de Waverly Hills
    Um grupo de estudantes de paranormalidade resolve explorar o sanatório mais assombrado do mundo. Você tem coragem para ver o que aconteceu a eles? Leia Mais...
  • Stop Motion
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    Apenas um desenho...
    Até que ponto um simples desenho é inocente? Existem coisas macabras no mundo, e este vídeo certamente é uma dessas coisas. Confira! Leia Mais...

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Creepypasta - Portal da Mente


Em 1983, um time de obstinados cientistas conduziu um experimento radical em instalações não divulgadas. Essa equipe formulou a teoria de que um ser humano sem acesso a tipo algum de estímulo sensorial seria capaz de perceber a presença de Deus.

Eles acreditaram que os cinco principais sentidos humanos obscureceram nossa percepção de eternidade, e sem eles um ser da nossa espécie poderia de fato estabelecer contato com Deus. Um homem que dizia não haver mais "motivo algum para viver" foi o único voluntário para o experimento. Para extirpá-lo de qualquer percepção sensorial, o time de estudiosos realizou uma complexa cirurgia* em que cada um dos nervos sensoriais do cérebro foi totalmente danificado. A cobaia tinha todas suas funções musculares ativas, entretanto ele não podia ver, ouvir, saborear, cheirar ou sentir absolutamente nada. Sem possibilidade alguma de perceber ou sentir o mundo exterior, o homem estava sozinho com seus pensamentos.

Os cientistas monitoraram-no enquanto o homem falava claramente sobre sua mente vazia, seu estado de espírito embaçado e sentenças que eles jamais havia ouvido. Após quatro dias, o homem alegou que era ouvia sons abafados, vozes ininteligíveis em sua cabeça. Assumindo que isso era apenas um ataque de psicose, os cientistas prestaram pouca atenção nas declamações do homem.

Dois dias depois, ele começou a chorar gritando que podia ouvir a voz de sua esposa morta falando com ele, e aquém disso, ele podia se comunicar com ela. Os cientistas ficaram intrigados, mas nenhum convenceu-se até que a cobaia começou a nomear parentes mortos dos pesquisadores. Ele repetiu informações pessoais de cada um dos estudiosos, que somente eles e seus familiares teriam conhecimento. Neste ponto, uma considerável porção dos pesquisadores deixaram o estudo.

Depois de uma semana de conversação com pessoas já falecidas, a cobaia mostrou sinais de angústia, dizendo que as vozes em sua mente eram esmagadoras. Em cada momento de lucidez, sua consciência era bombardeada por centenas de vozes que se recusavam a deixá-lo sozinho. Ele frequentemente se jogada contra a parede da sala, tentando sentir um mísero sinal de dor. Ele implorou aos cientistas por sedativos, pois poderia escapar das vozes através do sono. Essa tática funcionou por três dias, até que se iniciaram severos pesadelos. A cobaia repetidamente dizia que podia ver e ouvir os mortos em seus sonhos.

Apenas um dia depois, o homem começou a gritar e mutilar seus olhos, numa vã esperança de perceber algo do mundo físico. A cobaia, histericamente, agora dizia que as vozes dos mortos eram ensurdecedoras e hostis, falando do inferno e do fim do mundo. Num determinado ponto, clamou: "Sem céu, sem perdão" por cinco horas seguidas. Ele continuamente implorava para ser morto, mas os cientistas estavam convictos que o homem estava perto de estabelecer contato com Deus.

Depois de mais um dia, a cobaia não mais podia formar frases coerentes. Aparentemente louco, o homem começou a arrancar pedaços de seus braços com os dentes. Os pesquisadores correram até a sala de teste e restringiram os movimentos do velho amarrando-o a uma mesa, para que não se matasse. Horas após ser amarrado, a cobaia suspendeu todo tipo de luta e grito. Ele olhou fixamente para o teto enquanto lágrimas corriam de seus olhos. Por duas semanas, o homem teve de ser reidratado devido ao choro constante. No fim de tudo, ele virou sua cabeça e, apesar de sua cegueira, fez contato visual com um cientista pela primeira vez durante o estudo.

A cobaia sussurrou: "Eu tenho falado com Deus, e Ele nos abandonou", e então seus sinais vitais pararam.

Não há causa aparente da morte.

*Estudo realizado em 2000: Dr G.F., Departamento de Neurologia, [nome do hospital não informado], São Francisco, Califórnia. Recente estudo de uma doença degenerativa que atinge funções motoras e cognitivas levando os doentes ao quadro de "alucinações" sobre os mortos. A morte de células-mestres no cérebro por esta doença leva a perda de sentidos perceptivos. A causa da doença é desconhecida. Alucinações presentes em 39.8% dos pacientes, declinando a três categorias: sensação de presença, sensação de mudança de forma (humano para animal) ou ilusões. Em 25.5% dos pacientes há sensação de mudança de forma (ocorrências isoladas em 14.3%); em 22.2% há alucinações com formação visual (ocorrências isoladas em 9.3%) e alucinações auditivas presentes em 9.7% dos pacientes (ocorrências isoladas em 2.3%). Dando prosseguimento ao estudo em São Francisco, Califórnia. 2003 - Atualmente.

**Abaixo, gravações da pesquisa realizada em 1983**
***Recomenda-se discrição na visualização dos vídeos abaixo***




Créditos: Creepypasta Wiki
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Edward Mordrake

A Lenda de Edward Mordrake


Ninguém pode se apresentar no Halloween ou no dia de Finados. Tudo graças a Edward Mordrake, um aristocrata que viveu no século XIX. Era herdeiro de terras, construções e inúmeros títulos. Talvez fosse duque ou lorde. 

Um Inglês nobre, Edward era um jovem com finos talentos. Era um estudioso, um poeta. Um músico de rara habilidade, também. Porém, aquém de tudo isso, ele carregava algo obscuro: uma outra face atrás da cabeça. Feia como um demônio.

Nenhuma pessoa podia ouvir o que ela dizia, mas ela sussurrava sem parar para Edward sobre coisas ditas apenas no inferno. O jovem tentou matá-la várias vezes e de diversas formas... mas ela não morria.

Ele então ficou louco. A família de Edward o internou em um sanatório, e ficaram felizes por isso. A aberração da família ficaria longe de vez! No hospício, ele escreveu poesias, trabalhou numa ópera inacabada... qualquer coisa para distraí-lo dos sussurros demoníacos. Mas ele nunca tinha sossego. Ela dizia para ele fazer coisas. Ordenava que fizesse. 

Certa noite, Edward escapou do sanatório e foi parar onde todas as aberrações param: num Show de Aberrações. Eles o chamaram de Príncipe Duas Faces, e ele exibia as refinadas habilidades que aprendeu pertencendo a uma das grandes famílias da Inglaterra. E depois, agradecia à plateia mostrando sua face demoníaca.

Mas ele não estava feliz. Não havia ninguém como Edward Mordrake. Em uma noite de Halloween o jovem Príncipe Duas Faces surtou. Matou todas as aberrações da trupe... e depois se enforcou. Reza a lenda que, mesmo morta, a face demoníaca estava sorrindo. 

Desde então, se uma aberração se apresentar no Halloween ou dia de Finados, invocará o espírito de Edward Mordrake e de sua face demoníaca. Quando ele aparece, não vai embora sozinho. A face que sussurra escolhe uma aberração para levar com eles para o inferno.

Créditos: AHS - Freak Show
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| Aterrorizando | - H.P. Lovecraft

Aterrorizando orgulhosamente apresenta... H.P. Lovecraft!!!

Howard Phillips Lovecraft (Providence, *20/08/1890  +15/03/1934) foi um escritor de terror, que revolucionou o gênero adicionando elementos de fantasia e ficção. Seu princípio literário era o "Cosmicismo" ou  "Terror Cósmico", ou seja, a vida é incompreensível para o homem e o universo é infinitamente hostil ao seu interesse. Segundo a Wikipedia, suas obras expressam uma profunda indiferença às crenças e atividades humanas.

Ainda de acordo com a Wikipedia, H.P. Lovecraft originou o ciclo de estórias que posteriormente passaram a ser categorizadas no denominado Cthulhu Mythos e também criou o grimório Necronomicon. Muitas vezes desafiava os valores do Iluminismo, Romantismo, Cristianismo e Humanismo com seus trabalhos profundamente pessimistas e cínicos. H.P. Lovecraft valia-se de arcaísmos e a utilização de vocabulário e ortografia tipicamente britânicos, pois era conservador e anglófilo assumido.

Lovecraft era filho único, perdeu seu pai logo cedo, sendo criado pela mãe, duas tias e o avô, este último lhe incentivou a leitura. H. P. era um garoto prodígio recitava poesias aos dois anos e escreveu seus próprios poemas aos seis. Ele era uma pessoa frágil, possuía uma doença rara, poiquilotermia, que fazia sua pele ser sempre gelada ao toque. Após a morte de seu avô, passou a viver em acomodações menores e insalubres, o que prejudicou sua saúde debilitada. Devido a um colapso nervoso, não conseguiu seu diploma do ensino médio, o que complicou sua vida para entrar na faculdade. Esse fracasso pessoal, marcou Lovecraft para sempre.
No começo escrevia apenas poesias, vindo a se aprofundar no terror apenas em 1917. Em 1923 publicou seu primeiro trabalho profissionalmente, Dagon, na revista Weird Tales. Foi um ghostwriter nessa revista. Chegou a trabalhar como jornalista, no qual conheceu Sonia Greene com quem viria a se casar. O casório fora reprovado pelas tias, fazendo os dois se mudarem para o Brooklyn. O casamento durou pouco e após o divórcio, Lovecraft retornou a Providence.

O período após seu divórcio foi o mais prolífico, Lovecraft se correspondia com escritores estreantes de horror, ficção e aventura, dentre eles, Robert E. Howard, criador de Conan o Bárbaro. Nas Montanhas da Loucura e O caso de Charles Dexter Ward - seu único romance - foram escritos nessa época.
 Em 1936 a notícia do suicídio de seu grande amigo Robert E. Howard o deixou abalado. Nesse ano a doença que o mataria (cancro no intestino) já estava avançada, a ponto de não se ter nada a fazer. As dores foram crescentes pelos meses seguintes. Em 10 de março de 1937 ele se viu obrigado a se internar. Cinco dias depois viria a falecer. 
Sua inspiração era seus constantes pesadelos, o que marcou sua obra pelo simbolismo e pelo subconsciente. Suas maiores influências foram Edgar Allan Poe e Lord Dunsany. De acordo com a Wikipedia, as constantes referências em seus textos a horrores antigos e a monstros e divindades ancestrais acabaram por gerar algo análogo a uma mitologia, hoje vulgarmente chamada por Cthulhu Mythos, contendo vários panteões de seres extra-dimensionais tão poderosos que eram ou podiam ser considerados como deuses, e que reinaram sobre a Terra milhões de anos atrás. Entre outras coisas, alguns dos seres teriam sido responsáveis pela criação da raça humana e teriam uma intervenção direta em toda a história do universo.

Obra

O caso de Charles Dexter Ward


O romance conta a história do jovem Charles Dexter Ward, apreciador da arqueologia, que em 1918 se envolveu no passado, devido à sua fascinação com a história de seu tetravô, Joseph Curwen (que havia deixado Salem para Providence em 1692, e adquirido notoriedade por sua assombração de cemitérios, a sua aparente falta de envelhecimento, e suas experiências químicas). Ward se assemelha fisicamente com Curwen, e tenta imitar as façanhas cabalísticas e alquímicas do seu ancestral, eventualmente localizando os restos mortais de Curwen e por meio de seus "sais essenciais", ressuscitá-lo. O médico de Ward, Marinus Bicknell Willett, torna-se envolvido nas ações de Ward, investigando o antigo bangalô de Curwen em Pawtuxet que Ward restaurou. Os horrores que Willett encontra e o cerne da identidade de Ward e Curwen, formam a articulação de horror em que o romance se move. (retirado do Wikipedia)

O aterrorizando dessa semana acaba aqui! Até a próxima! :) 


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Enfim 2014!


Mais um ano se encerra, e junto com ele se vão planos (concluídos ou não) e sonhos de um mundo melhor. Em 2013 deixamos também saudades e emoções, além de desejos de um próximo ano sempre melhor para todos. A Equipe do Livros, sinos e velas deseja a todos os seus leitores um excelente Fim de Ano, um próspero Ano Novo e que 2014 seja repleto de alegrias, sorrisos e realizações!

Feliz 2014 e até fevereiro, pessoal! <3
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Vídeos

Vídeos - Apenas uma Lenda?


*Veja a partir de 3:30*
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|Aterrorizando|

André Vianco


André Vianco é um cara de sorte e uma escrita certeira, para se dizer o mínimo. Em 1999, após ser demitido de seu emprego em uma empresa de cartões de crédito, André usou seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para produzir mil cópias de seu primeiro best-seller, Os Sete. Em 2000 ele foi pessoalmente a várias livrarias e editoras promover seu livro, e em 2001 a editora Novo Século se interessou por seu trabalho e republicou o livro. 

O primeiro trecho a ser analisado será justamente o primeiro capítulo de seu primeiro best-seller, Os Sete. Confira:

“Quando eles encontraram aquele navio naufragado, decidiram manter segredo. Outros mergulhadores do vilarejo conheciam o navio, mas o julgavam um amontoado de madeira inútil e podre, sem lhe dar o devido valor. Pensavam que aquela velha caravela não passasse de um reles pesqueiro antigo. Entretanto, Tiago desconfiara do formato daquele amontoado de madeiras. Seu olhar perscrutador, somado a uma intuição inquietante, empurrava-o para um exame mais minucioso. Nos mergulhos seguintes, com a ajuda de seus companheiros, conseguiu chegar à primeira certeza: aquela embarcação não era um pesqueiro naufragado, pelo menos não um deste século. O mistério alegrou o grupo. Se as expectativas se confirmassem, poderiam se deparar com um tesouro perdido, trancado dentro da velha nave. 

- Precisamos fotografar aquele barco. — disse Tiago, tirando os óculos de mergulho. 

- Você conhece o Peta? Aquele do bar. 

- Sei. 

- Ele tem câmera fotográfica, câmera de vídeo, tudo para reportagens submarinas. Ele trabalha com isso. 

- Será que ele cobra caro para nos alugar esse equipamento, César? 

- Sei lá. O cara é chato, vai querer vir junto. 

- Não, não pode. Se mais gente ficar sabendo... logo vai se armar uma puta correria em cima do barco velho.

César ajudou Tiago a retirar o cilindro das costas, depois foi sua vez de livrar-se do equipamento de mergulho. 

- Não sei como nunca ninguém se interessou em investigar melhor esse navio. Eu acho que deve ter uma porção de coisas valiosas lá dentro.”

A simplicidade e modéstia tornam o texto de Vianco gostoso e fácil de ler. E apesar de tanta simplicidade, logo no começo do livro o leitor é jogado com maestria para o começo do mistério da história. Notaram as falas brasileiras e o modo de escrever tupiniquim? Essa é a marca de André Vianco, que trás a quase inexplorada literatura de suspense brasileira à tona. Algo que é certo dizer sobre o estilo de escrita de André é a estrutura com que o texto é amarrado à realidade. Como veremos a seguir, o texto muito propiciamente trás elementos nacionais e valoriza o Brasil.

“Um grupo de senhores com fardas adentrou a sala. O último, aparentando mais de sessenta, chamou a atenção do professor não pela idade, que não destoava tanto assim das outras, mas pela farda, completamente preta, com um detalhe branco retangular bem no colarinho. Que diabos um padre estaria fazendo no meio daqueles carrancudos do Exército? 

Os militares sentaram-se em volta da mesa oval, envolvendo Delvechio em cumprimentos e acenos. 

- Professor Delvechio, este aqui é padre Alberto. Ele foi indicado por nosso capelão. Padre Alberto trabalha para o Exército como um certo especialista em casos estranhos, em coisas que estão um pouco além de nossa compreensão militar. 

- Entendo. 

- Padre Alberto já esteve presente em outros fenômenos apreciados e examinados pelo Exército brasileiro. Há alguns anos examinou nossos arquivos sobre o Caso Belo Verde. Elaborou um dossiê bastante interessante. Apesar de não concordarmos com tudo, temos de dar o braço a torcer. Realmente existem coisas que o Exército não aceita e não compreende. O senhor deve estar a par desse caso, pois a imprensa causou um alarido frenético na ocasião...”

Notaram a mistura cultural neste pequeno fragmento? Os Sete tem toda sua história aos moldes brasileiros, e vemos que a cultura do país é exaltada de forma neutra porém incisiva no livro primeiro livro de Vianco. Poucos autores contemporâneos têm essa capacidade de mesclar a fantasia com a realidade na medida certa, e realmente um texto como esse merece destaque! 

Usando cidades brasileiras famosas, como São Paulo, Osasco e Santos, o autor trás para a vida real toda a fantasia de seus livros, de modo que o leitor sinta que realmente está entrando no livro e consiga, dessa forma, imaginar cada vez melhor as personagens e suas personalidades. Já pensou como seria nevar em Osasco? Impensável? Pois André Vianco pensou isso, e realizou! Um fenômeno paranormal que só um vampiro do século XVI poderia produzir. Sendo tão famosos na mitologia medieval, os vampiros se encaixaram muito bem na prosa de André, de forma que a leitura não ficou pesada nem imprópria aos padrões atuais. Com uma pitada de romance, porém felizmente sem melosidade, o autor conseguiu de uma forma extraordinária fazer uma mescla entre a fantasia e a realidade. Logo abaixo, podemos conferir como Vianco desenha os sete vampiros que dão alma à história:

Inverno – Seu nome verdadeiro é Dom Guilherme, foi o primeiro vampiro a acordar e responsável pela ressureição dos outros (exceto Sétimo). Seu poder é congelar tudo, inclusive o ar a sua volta. É arrogante, irônico, convencido e no passado fora o senhor feudal, líder da Vila Castelo D'Ouro, no vale D'Ouro, em Portugal.

Acordador – Vampiro baixinho e robusto, que sempre fala em voz baixa, pois se ele falar alto acorda os mortos. Seu nome é Manuel e há séculos fora um hábil artesão.

Tempestade – É chamado pelos outros vampiros de Tempestas, apesar de seu nome ser Dom Baptista. Como seu apelido diz ele pode criar tempestades. Antigamente era responsável por extensos vinhedos na Vila Castelo D'Ouro. Tivera uma esposa e chegara a ter um filho. Baptista é bastante descontraído, com suas tiradas divertidas em diversos momentos do livro.

Gentil – O vampiro "bonzinho", só mata humanos quando realmente tem sede. Seu poder é parar o tempo uma vez a cada ciclo lunar. Seu nome verdadeiro é Miguel. Compadecendo-se de Tiago, ele o ajuda a salvar Eliana, tirando-o do caminho da morte ao transformá-lo em vampiro. Ele e Sétimo pertenciam a uma grande família de pescadores no feudo de Dom Guilherme antes de se tornarem vampiros.

Espelho – Capaz de tomar a forma de outras pessoas, seu nome verdadeiro é Dom Fernando e é o único vampiro negro do grupo. Fontes não confirmadas - não é citado no livro, mas certa vez o autor afirmou - dizem que Fernando fora no passado um nobre português que se compadecera da dor de seus amigos na África, assim tomando a forma definitiva de um desses amigos que tanto sofreram.

Lobo – Apesar de ser um vampiro, Dom Afonso se transforma em um lobo enorme toda noite de lua cheia, e quando quer virar a fera. É o único com descendência espanhola. No passado, fora um mercador conhecido que trafegava entre Zamora, sua cidade natal na Espanha, passando pelo vale D'Ouro e trocando suas mercadorias na cidade do Porto.

Sétimo – Sétimo filho de uma família de pescadores muito antiga. Último vampiro a despertar, mata Olavo e fica com César e Tiago como protegidos. É temido por todos os outros vampiros, exceto Miguel (Gentil), que é seu irmão. No passado, Sétimo fora mandado ao Inferno pelos outros por 150 anos, para ser escravo de Satã, em troca dos seis poderes. Quando voltou ficou sendo o vampiro mais poderoso dos sete, podendo inclusive andar sob a luz do dia.

Como podemos ver, as personagens principais são muito bem construídas e suas personalidades são simples e pouco complexa. Ou seja, a leitura é imediatamente descomplicada e direta, além de ser prazerosa e nacional. 

Dificilmente vemos um texto brasileiro contemporâneo com qualidade tão boa quanto o de André Vianco. E você, acredita em vampiros?
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Vídeos

Vídeos - O Assustador Desenho em Stop Motion


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